BIKE

BIO

Da promessa à realidade, a BIKE subiu todas as escadas do underground brasileiro. Consolidando-se como uma das grandes bandas da neo-psicodelia brasileira e lançando discos com estéticas e estratégias diferenciadas. 1943 (2015) e Em Busca da Viagem Eterna (2017) trazendo para a epiderme a fritação e o espírito jovem; já em Their Shamanic Majesties Third Request (2018) a aproximação com referências da psicodelia nordestina foi mais latente, um disco cadenciado e mostrando mais sobre onde há poder de fogo também pode coexistir a calmaria. Mas foi com Quarto Templo (2019) que teve uma dinâmica de lançamentos espalhados em quartos que a aproximação com o mercado estrangeiro e a consolidação veio. Tendo chamado a atenção de ninguém menos que o produtor Danger Mouse, famoso por suas extensas pesquisas sobre música além do mainstream (conheça sua maravilhosa playlist).

NOVA MÚSICA

O período da pandemia coincidiu também com a produção daquele que seria o quinto álbum de estúdio de São Paulo, Arte Bruta. Os primeiros temperos chegaram com os novos singles sensoriais e bem psicodélicos "O Torto Santo", "Filha do Vento" e "Santa Cabeça", lançados pela Before Sunrise Records. Uma trilha que cresce aos poucos em meio a distorções e a busca pelo infinito após um período em que ver qualquer tipo de luz era algo que parecia viver apenas em um sonho.

Todo esse espectro de cores acaba reverberando em uma faixa que tem uma atmosfera que não se prende apenas a psicodelia mas que se aproxima da dissonância do post-punk e a liberdade do jazz. O emancipar das correntes de outrora em busca do auto-conhecimento acaba sendo a tônica da canção.