Isis Broken

Isis Broken (BR)

Isis Broken é bruxa travesti cangaceira, bisneta de coiteiro de Lampião, neta de repentista e cordelista, e cantora. Filha de professora e de um gráfico de um jornal local, cresceu rodeada por livros, demonstrando um interesse por leitura e o ato de contar histórias. O apreço pelo lúdico fez com que buscasse referências em cordéis e na cultura popular para se expressar através de suas composições. Suas músicas são ácidas, politizadas e transitam pelo rap, trap, repente, prosa e pop. Em 2019, a Suprema foi indicada e premiada a uma das maiores premiações de videoclipe do país, o M-V-F, com “O Clã” ela concorreu com grandes nomes do cenário brasileiro, como Criolo e Urias, na categoria “Melhor Figurino” e levou o prêmio pra Sergipe. Também ganhou “Melhor Videoclipe Nacional”, no Festival de Cinema de Vitória e mais 5 indicações nacionais e 5 internacionais em Londres, Itália, Argentina e Bogotá. Além disso, já acumula mais de 200 mil reproduções nas plataformas digitais. O seu show de estreia da “Tour Bruxa Cangaceira” aconteceu no 36° Festival de Artes de São Cristóvão e contou com um público de 12 mil pessoas.

[1] Cordel - Cordel are leaflets containing popular poems, displayed for sale hanging on ropes or twine, which gave rise to the name. Cordel poems are written in rhyme form and some are illustrated with woodcuts.

Bruxa Cangaceira 

Isis Broken está lançando seu tão aguardado primeiro álbum de estúdio, “Bruxa Cangaceira”, contém doze faixas, entre elas “O Clã” e “Ararinha da Viola”. A Travesti Cangaceira traz muita ousadia e denodo em suas letras e líricas com arranjos de guitarras arrojados e uma sanfona que chora em meio ao rap, repente e embolada que a artista faz com brio e potência. O álbum começa com a intro homônima onde ela descreve sua jornada como uma travesti preta periférica e nordestina, também conta com os singles “Gangue da Bruxa” trazendo o melhor do rap, eletrônico e uma pegada de rock, “Vogue do Inferno” onde ela mergulha no mundo do cordel, “Trava Que Faz Trap” onde a nossa Bruxona fala sobre ser uma travesti no mundo do rap completamente machista e transfóbico, “Cúceta” um feat poderoso com Mc Xuxu uma das primeiras artistas trans da música brasileira, além de “Um Rock, Um Roubo, Um Love Com Você” com Aqualien, esposo de Isis, que inclusive está grávido esperando o primeiro filho do casal. 

A produção do álbum conta com uma dupla sergipana de peso, Adam Viana, não-binárie, que também assina guitarra, viola e sanfona. Mombin, preto e pansexual, além de assinar sintetizadores, flautas, pau de chuva e vocais. O baixo do álbum quem assina é Filipe Williams, ex integrante da banda “Taco de Golfe”.